sexta-feira, 30 de março de 2012

À sombra

"Sabia que seria uma das maiores loucuras que estaria prestes a cometer... Desde o dia, imediatamente a seguir ao do seu último aniversário, percebeu que seria fácil apaixonar-se por ele!
O sorriso rasgado, a conversa fácil, olhar penetrante, de bem com a vida - tal como ela. Sempre aprumado e cordial. Dono do seu espaço e senhor de si. Não era de uma beleza estonteante mas o seu charme, apesar da pouca idade, denunciava duas coisas: que era muito sabido e que ela não saberia resistir.lhe! Começaram a sair. Ela a medo porque sabia bem no que se estava a meter. Sabia que entregar-se a ele era afastar, de vez, todas as possibilidades de voltar para a relação passada. Ele cheio de pressa. Como se se tivesse apaixonado de uma forma tão arrebatadora que não conseguisse passar mais sem ela - pareceu-lhe. Essa convicção deu-lhe confiança e fez com que quisesse avançar. Tivesse a certeza que era aquilo que queria. Era por ele e pelo que não podia negar estar a sentir que tinha que avançar.
Avançou.
Corria para ele sempre que podia. As amigas notavam nela uma alegria nova que, a principio, não queria admitir. Queria guardar só para si. Mas estava apaixonada e perante quem a conhecia eram em vão todas as tentativas de tentar escondê-lo!
Sentia-se protegida quando estava com ele. Aliás, o primeiro sinal que teve de que ele a protegeria ocorreu muito antes de começarem a estar juntos. Ela guardou aquele momento como se tivesse percebido que aquilo tinha sido um sinal. Quem sabe, talvez se tivesse apaixonado por ele naquele momento!
E de aniversário em aniversário, assim se vai contando esta história. Ele somou mais um primavera. Ambos marcaram nesse dia, o inicio de uma novo caminho.
A vida trocou-lhes alguns planos, mesmo assim trocaram prendas no Natal. Para ela aquilo foi uma espécie de troca de alianças em dia de casamento. Era como que fazer prova de que estavam juntos, que queriam estar juntos e que se gostavam de tal forma que seria, quase inevitável, as pessoas começarem a saber e a notar - que se começasse a falar que eram um casal.
Às vezes discutiam... Quase sempre porque ela queria mais atenção dele, mais tempo. Como se se tivessem revertido os papéis e agora fosse ela a ter pressa de mais. Os encontros deles tinham, quase sempre vista para o mar, madrugada dentro. Com as horas contadas, preenchiam o tempo juntos como o preenchem duas pessoas apaixonadas.
Perdiam-se muitas vezes na linguagem crua do prazer. Mas também discutiam actualidade. Ele de voz grossa e convicções de esquerda que perdiam força, chutadas por aquele sotaque beto e pelo elitismo que, a espaços, lhe atraiçoava as convicções. Ela mais conservadora. Pura ironia em algumas intervenções. Ele fé nos homens, ela fé nos sentimentos - do mundo e dele."

BM

quinta-feira, 29 de março de 2012

A espera - porque o que tem que ser...

- (...) agora terá que aguardar. Daqui a 2 ou 3 horas já contamos dizer alguma coisa. Pode ir embora ou dar uma volta por aí (...).

Agradeço a informação e pondero as opções apresentadas:
1º - Ir embora: trânsito, semáforos, gasóleo gasto (factor preponderante dado que estamos em crise e já não se ganha para combustíveis) e a inevitabilidade de ter na mesma que esperar.
Conclusão - não me parece.
2º - Passear por ali: ver montras (houvesse paciência e até podia ser), ir até ao shopping mais próximo (isso seria fazer o dobro dos quilómetros quando comparado com a opção "ir embora", esplanada vista rio (não que está sol, não trouxe chapéu e ficar três horas numa esplanada e consumir um café é... foleiro).
Conclusão - também não me parece.
Hipótese não apresentada: ficar aqui na sala de espera, puxar do portátil (isto do Ipad é só para alguns, afinal estamos em crise!), aproveitar que o sítio tem wireless e ESPERAR - pois se tem que ser, que seja.

Primeira coisa que faço, pela segunda vez no dia? Abro as páginas dos principais (o que eu queria mesmo dizer era fidedignos) meios de comunicação o que dá qualquer coisa como: poucos separadores abertos!
Incêndios. A única novidade nisto é que este ano começaram mais cedo. De resto, o martírio de sempre para os bombeiros e o desespero para as populações.
Continuando no capítulo do "nada de novo". A entrevista de Passos Coelho a Judite de Sousa. 45 minutos de mais do mesmo.
Ainda dentro deste capítulo: a polémica à volta da arbitragem. Mas é que aqui nada nada nada mesmo nada de novo. A culpa nunca morre solteira - isto é um dado adquirido. Logo, se a qualidade do nosso plantel é inegável, se as decisões do nosso treinador são indiscutíveis mas se, mesmo assim, a nossa classificação não é a que desejaríamos - a culpa é dos árbitros. Óbvio que se há maus profissionais em todas as áreas também os há na arbitragem. Óbvio que os maus profissionais devem ser penalizados. O que não é admissível é que se permita que sejam as famílias destes senhores a pagar as favas. Entendam-se como quiserem mas assim não!
Continuemos. Leio algures que, o Banco de Portugal, prevê que possam ser necessárias mais medidas austeridade. Ok ... e novidades???

Bom, parece que o CR7 já não vai casar com a Irina!!! Será que quer casar com a mãe da criança... Confesso que estou curiosa para ver Judite de Sousa a entrevistar Cristiano Ronaldo e percebe-se, obviamente, porquê...  
Já agora, adiantam-me alguma explicação para o mais recente candidato ao recorde de cão mais pequeno do mundo, neste caso cadela, ter sido baptizada de Beyonce???

Sim e mais logo "vamos a jogo"... "olhos nos olhos, concentração... cabeça fria, coração quente"!


p.s. - no fim, estou lá a ler-te... com aquele toque de ironia e travo de simpatizante!

Com isto já passou uma hora! Já só faltam mais duas. Com sorte, talvez mais uma .

quarta-feira, 28 de março de 2012

Música para os meus ouvidos










Bem que podia preencher este blogue só com músicas!
Prometo-vos que não... 
Não imagino a (minha) vida sem banda sonora e ouvi esta, pela manhã, e gostei (muito).

"Não quero nem saber o que trazes vestido
Podes nem vir a condizer que eu lido bem contigo
Quero ficar sentado a ver-te rir
Sem nada marcado, nem pressa para fugir"


Boas tardes

Cheguei... Já por cá tinha andado, por isso, isto é mais um "Estou de regresso!"
Actualidade, reflexões, pensamentos - muito do que fica dos dias que passam será aqui publicado.

Recordações vagas, quase apagadas, do que encheu as horas de dias vazios.
Memórias vivas, de dias felizes.
Aquilo que, inconscientemente, vem à lembrança quando se aponta para aquele dia do calendário - porque todos os dias têm uma história!