quarta-feira, 25 de abril de 2012

A data dos 3D's, faz hoje 38 anos

25 de Abril de 1974: Democratizar, Descolonizar, Desenvolver


Tenho dois familiares que comemoram hoje o seu aniversário. Há até um deles que comemora a exacta idade da Revolução: 38 Primaveras para o meu familiar, 38 Invernos para a Revolução.
Sim, porque os ideais e os valores pelos quais se fez esta Revolução ainda não foram cumpridos, ainda não viram, verdadeiros, dias de sol.
Por estes dias, ouvi Miguel Sousa Tavares dizer que "as cerimónias repetidas à exaustão acabam por ser contraproducentes". Que a juventude de hoje em dia, as cerimónias "não querem dizer absolutamente nada".
"Comemorar datas históricas indefinidamente, sempre com o mesmo discurso, como se tivesse acontecido anteontem, e já passaram quase duas gerações em cima disso é ridículo, é patético e dá cabo da data", continuava MST. E rematou o assunto com "devia-se acabar, pura e simplesmente, com as comemorações oficiais do 25 de Abril".
Raras vezes discordo de Miguel Sousa Tavares, mas nisto não podia ter uma visão mais antagónica.
Deve comemorar-se Abril, deve lembrar-se a data e tudo o que ela significa. Mas muito mais que lembrá-la é preciso cumpri-la. É preciso que cada um assuma para si o papel que tem de tomar para que a data faça sentido e não seja só um apanhado de discursos estudados a preceito e repetidos ano a ano. Porque o 25 de Abril é de todos nós. Tão pouco a Revolução é dos militares que a fizeram, é sim do Povo Português, porque foi em nome dos portugueses que ela foi feita. Como tal, atitudes semelhantes à de Mário Soares não contribuem em nada para inverter o caminho, que Soares, alega estar a ser tomado por este Governo e que é contra os valores e os ideias da Revolução.
Se nos abstemos de celebrar a Liberdade que, defendem muitos, está a ser posta em causa, nada mudará.
Hoje não estão tanques nem Salgueiros Maia nas ruas. Não é preciso. Basta lembrar que já lá estiveram e que falta cumprir esse dia. Basta lembrar isso mais uma vez e todas as que forem precisas.
Hoje não é o dia de "castigar" o Governo pelos caminhos que está a tomar. Uma figura como Mário Soares escrever no dia de hoje, ataques ao Governo não ajuda em nada a situação actual. É preciso que cada vez estejamos mais unidos, em torno dos ideias de Abril, e uma figura como Mário Soares sabe bem que nada contribui para tal com esta tomada de posição. Como ouvi, e desta vez plenamente de acordo, de Miguel Sousa Tavares, se há coisa que se está a cumprir dos ideais da Revolução é a Democracia. Este Governo não foi eleito por golpe de estado. Está onde está porque foi eleito, democraticamente, pela maioria dos portugueses.
Ouvi Mário Soares, há meses, dizer numa palestra dirigida a jovens que "é preciso que vocês confiem vocês próprios e pensem pela vossa cabeça e digam o que querem porque a vossa voz tem que ser ouvida". E a nossa voz é ouvida se ficarmos em casa e nos demitirmos de celebrar Abril?
Por fim, não podia deixar de lembrar hoje Miguel Portas.
Li Júlio Machado Vaz dizer que talvez ele tenha partido, ontem, para "celebrar - ou perseguir? - ainda e sempre o 25 de Abril."
Assim tomemos o seu exemplo e celebremos Sempre o 25 de Abril. Politicamente falando, tenho uma posição distante da de Miguel Portas, ainda assim admiro-o. Porque eu não admiro os que acreditam no mesmo que eu, admiro todos os que Acreditando em algo lutam por esse ideal. Se batem, enfrentam desafios e fazem o que está ao seu alcance para atingir aquilo em que acreditam. Embora não defendendo nem acreditando nas mesmas ideologias que ele, admiro-o porque ele lutava por aquilo em que acreditava e era certo para si - e isso basta-me!

domingo, 22 de abril de 2012

Esta conversa não é da treta!

Hoje podia ter sido um amanhecer igual a tantos e tantos outros de domingo. Mas não foi!  
A manhã fria não convidou ao habitual passeio de bicicleta pela marginal... 
Que desagradável que é, depois de um pequeno-almoço digno de um qualquer hotel 5*, com direito a vista para o mar, inclusive, ter que vestir um agasalho e mais um. Impermeável talvez! Que aborrecimento.
Mais vale ficar em casa. Meia volta no sofá. Deitar um olho aos desenhos animados.
Podia, mas não foi assim.
Ao passar pela estante, onde passo vezes sem conta, eis que ao olhar de relance, numa de verificar se até já tinha ganho pó desde a última vez que a limpei - vão para aí uns três dias, há um livro que me salta à vista. 
"Aproveitem a Vida" - em letras grandes, numa cor viva.
Que estranho, achei. Nunca dei  por aquele livro. Das duas uma, se não fui eu a comprá-lo (caso tivesse sido, saberia do que se tratava), só pode tê-lo comprado o meu pai. Leu-o e deixou-o em minha casa - nada que não fosse frequente entre nós.
Sempre que compra um livro, o meu pai, anota a data e assina-o, em letras pequenas, num canto, na contracapa. Fui procurar essa "marca" dele e confirmei. Aquele livro era uma aquisição do meu pai e ele talvez não o tenha deixado ali por acaso, ou talvez eu não o tenha encontrado ali, hoje, por mera casualidade.
Ora, mas de que livro estou eu para aqui a falar, afinal? Do livro de António Feio.
Sentei-me no sofá com ele e comecei a folhear. Parte era a descrição de quem acompanhou de perto os últimos dias da vida de um doente com cancro no pâncreas. Mas de um doente especial, o António Feio. Que encarou a doença como encarava a vida: com gargalhadas, por ele e pelos outros. O livro tem relatos emocionados e emocionantes mas o que mais me tocou foi ler a carta que ele deixou à sua família, amigos e público que o admirava. A carta é comovente e é impossível não tirarmos de lá uma lição para as nossas próprias vidas. Contudo, esta carta tocou-me muito mais que pelo conteúdo, pela data em que foi escrita.
24 de maio de 2010. Neste dia, estava eu a comemorar mais um aniversário, rodeada de amigos, plena de saúde, a gargalhar e a festejar a vida, a minha vida. E uns quilómetros mais a sul de mim, estava o António Feio, no seu computador pessoal também a festejar a vida, que já tinha aproveitado e vivido junto dos que mais amava, deixando escrito um obrigado a todos aqueles que tinham feito da vida dele o que ela tinha sido. Eu rodeada de amigos e família a brindar à saúde e ele a agradecer ao pâncreas tê-lo feito ver que na saúde e na doença sempre esteve rodeado de amigos, bons e verdadeiros amigos.
Que murro no estômago. Como és pequenina - pensei eu, ao ir reflectir naquilo que deixo que abale os meus dias, a minha serenidade, a minha confiança, a minha auto-estima.
Será que é desta que aprendo a lição e me capacito, de uma vez para muitas, que as coisas e os outros só têm a importância que lhe damos e, por isso, só interferem na nossa vida, provocando-nos alegria ou dor, na medida que lhes permitimos?
Será que é desta que aprendo a olhar para "as pedras no sapato" capacitada de que importa mais investir forças a pensar na forma como as remover e continuar a caminhada, do que a tentar perceber como foram lá parar, nas feridas que estão a fazer? Se for preciso caminho descalça. Sempre sentirei a terra, o chão molhado, a areia da praia.
Será que é desta que valorizo os sorrisos, o teu sorriso. Que aprendo que o bom que vivemos, só porque passou não tem que deixar de ser bom. Que as pessoas são o que são e não o que esperamos delas e que a decepção nasce da expectativa demasiado elevada que só nós criámos.
Será que vejo os "nãos" e as portas que se fecham só como mais um obstáculo que em ultrapassado me torna mais forte?
E será que aprendo a enfrentar os desafios com o ânimo e a motivação de quem corre atrás de um sonho, mesmo sabendo que isso implica perdas pelo caminho. Mas que só se perde o que, de verdade, nunca foi nosso?
Será que aprendo que o aqui e agora são a maior dádiva e que é neste tempo e espaço que tenho de aprender a ser feliz? E sê-lo, verdadeiramente.
Sei que este livro já tem dois anos e que, parece parvoíce, estar agora a dizer que o li. Mas foi agora que o "descobri", talvez porque este fosse o momento de retirar para mim esta mensagem.
Sei que este tema é recorrente e toda a gente diz o mesmo: que ser feliz é o mais importante, aproveitar cada momento é o fundamental. MAS É MESMO.
Por isso, eu saí para a rua. Mesmo com o frio e cheia de agasalhos - como de uma manhã de Dezembro se tratasse. Fui pedalar para a marginal. Até me molhei porque o impermeável ficou em casa e a chuva saiu comigo.
Quando regressei, tomei um banho quente e ao olhar pela janela vi que a chuva tinha parado, as nuvens se tinham escondido e podia, agora, ver-se o sol.
Há dias que são assim - verdadeiras lições, pela mão de outros.

E se me permitem: 
"A mensagem principal que quero deixar às pessoas é que se há um problema é preciso resolvê-lo da melhor maneira, há que não ficar quieto, há que tentar de tudo primeiro, antes de desistir.
Se as pessoas começarem a parar por um momento para olhar para casos como o meu, ou, simplesmente, para a sua própria vida com olhos de ver, talvez comecem a relativizar os seus próprios problemas e possam perceber o que de facto vale a pena na vida. Talvez assim a consigam aproveitar melhor. 

Aproveitem a vida e ajudem-se uns aos outros!Não deixam nada por fazer, nem por dizer!"


Hoje cresci séculos.
Obrigada António Feio
Obrigada Pai que um dia compraste este livro e o deixaste na minha estante.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Prometo


Nunca me disseste mas eu sempre achei que aquele teu texto era meu.
Posso estar redondamente enganada - eu sei mas, até prova em contrário, irei guarda-lo como tal.
Várias vezes te falei dele, querendo saber se era meu. Sorrias (e davas-me a resposta).

Eu sei... Foi só um texto, escrito numa noite de verão. Talvez inventado pela tua sublime imaginação.
Mas sempre me pareceu tão meu, tão de ti para mim. Nunca saberei, por certo, mas porque o li e o senti meu, guardei-o. Agora que passaram as (nossas) noites de verão, volto a olhar para ele e quero que te fique somente esta certeza: Eu prometo.

[Sei que há coisas que passe o tempo que passar, não passam! Esta convicção não me deixa muito tranquila, confesso.]

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Abraça-me


"Basta-me assim o Amor.
Um abraço, ainda que com hora marcada.
A ser assim, sempre se contam os segundos que faltam até ao encontro. E com o avançar do ponteiro, começam a apressar-se os compassos do coração.
Depois fica-se nesta quietude. A olhar o mundo - que de ombro no ombro nos parece bem mais fácil de enfrentar."

BM

terça-feira, 17 de abril de 2012

Novos Caminhos


"(...) Não... mas não, não; nunca é tarde para sonhar! (...) pois que me saiba cumprir com coerência, nos limites decentes da demência, nos limites dementes da decência; e cumprámo-nos todos, já agora, até ao fim, no que fazemos, na diferença do que formos e dissermos! E perguntando, criando rebeldias, conferindo aquilo que acreditamos e que ainda formos capazes de sonhar! E se aquilo, aquilo que nos dão todos os dias não for coisa que se cheire ou nos deslumbre, que pelo menos nunca abdiquemos de pensar com direito à ironia, ao sonho, ao ser diferente. E será talvez uma forma inteligente de, afinal, nunca... nunca, nunca ser tarde demais para viver, nunca ser tarde demais para perceber, nunca ser tarde demais para exigir, nunca ser tarde demais para ACORDAR."

Pedro Barroso, "Navegador do Futuro"


É isto. Nada mais que isto. 
Ser apenas e só isto: capaz de lutar pelos sonhos. Capaz de não me acomodar. Capaz de ir à luta. Ter o trabalho de meter pés ao caminho, arregaçar mangas... 
Mostrar o que somos sem nos deixarmos ser o que queriam que fossemos.
Aceitar a mudança. Deixar a zona de conforto. Acreditar que cada etapa reserva em si algo de extraordinariamente bom e Partir.
Ir à descoberta: descobrir e deixar-se descobrir. Conhecer e deixar-se conhecer.
Tudo isto, nada mais nada menos que CRESCER.

sábado, 14 de abril de 2012

Obrigada!

"Tu tens que dar um pouco mais do que tens
Tens que deixar um pouco mais do que há
És um grãozinho de uma praia maior
E deves dar tudo o que tens de melhor!"

Obrigada! Obrigada a quem hoje me lembrou disto...
Confesso - e assumo, andava a ficar um pouco esquecida de que é assim.
Venceu, durante tempo demais, a tristeza de sentir que não recebi na medida do que dei.
Agora, vence a alegria da certeza que te deixei um pouco mais do que tinhas.
Fica mais rica a alma, depois de se dar o melhor!

sexta-feira, 13 de abril de 2012

De(Ser)to

Dia de chuva. 
De frio. 
De céu cinzento. 
E vida nublada.  


"Assim andarás comigo
Quando de ti não souberes
E não te ensino os caminhos
Para tomares os rumos que quiseres"

terça-feira, 10 de abril de 2012

De(Ser)to

Queria muito escrever.
Mas os pensamentos não se alinham e os dedos, sozinhos, não são capazes. 

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Um pouco de céu

O Hoje, traduz-se assim!


"Só hoje senti
que o rumo a seguir
levava pra longe
senti que este chão
já não tinha espaço
pra tudo o que foge
não sei o motivo pra ir
só sei que não posso ficar
não sei o que vem a seguir
mas quero procurar
e hoje deixei
de tentar erguer
os planos de sempre
aqueles que são
pra outro amanhã
que há-de ser diferente
não quero levar o que dei
talvez nem sequer o que é meu
é que hoje parece bastar
um pouco de céu
um pouco de céu
só hoje esperei
já sem desespero
que a noite caísse
nenhuma palavra
foi hoje diferente
do que já se disse
e há qualquer coisa a nascer
bem dentro no fundo de mim
e há uma força a vencer
qualquer outro fim
não quero levar o que dei
talvez nem sequer o que é meu
é que hoje parece bastar
um pouco de céu
um pouco de céu"

domingo, 8 de abril de 2012

Festa na aldeia

Neste dia, a aldeia, ainda se veste de Festa!!!
Chegam os emigrantes, vêm os filhos a casa dos pais e já trazem os netos que inundam as ruas de traquinice!
Chega a família que mora nas cidades onde não há disto!
A mesa é composta por amigos, familiares, alegria e gargalhadas. Há copos e comida a mais, não se fala de crise e evita-se falar do Coelho (afinal, por aqui, hoje o dia é de cabrito).
O sol deu o seu ar de graça e entra por entre as portadas abertas, brindando a mesa com a vida, que se renova por estes dias.
É muito mais que uma questão de Fé. É a festa da aldeia que junta novos e velhos, aqueles que estão juntos todos os dias com os que só se encontram por esta altura, por tradição.
É a Festa da Páscoa, é mais uma festa da família!
Asseiam-se as casas, abrem-se as portas e convida-se qualquer vizinho que passe a entrar - porque estamos na aldeia.
Aguardam-se os homens com vestes avermelhadas. Na frente vem um garoto, a badalar um sino. Pouco sabe do significado do gesto que faz, mas fá-lo com toda a alegria e mais alegre fica ao receber, em cada casa, um pacote de amêndoas (daquelas de chocolate e avelã, assim espera!).
Numa altura em que tudo se perde, emociona-me ver que esta tradição ainda se guarda. Que este espírito de aldeia ainda está vivo. Que a proximidade ainda se cultiva.
Também gosto da cidade: da confusão, do trânsito, de tudo ali ao pé, do anonimato com que se percorrem as ruas. Mas chegar à aldeia, por estes dias, é encher a alma e renovar a certeza de que é importante termos asas e sabermos para onde queremos ir, mas é fundamental termos raízes e sabermos de onde vimos!
Já se estendem flores à porta, chegou o Compasso!

Feliz Páscoa

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Os Putos

- Madrinha, o que é que me vais dar??? 
O tradicional, pensei eu. Mas para ele esta resposta podia não ser óbvia. Do topo da sua dezena de anos, saberá lá ele o que é "o tradicional". Respondi-lhe então que lhe ia oferecer amêndoas e, sem lhe dar tempo, perguntei-lhe logo se achava bem. Ora, óbvio que não! Disse-me que nem queria amêndoas e queria umas chuteiras novas.
Claro, eu já devia imaginar que ele não perderia a oportunidade de pedir qualquer coisa relacionada com o futebol. E desculpem lá, mas ele e os amigos que como ele se levantam ao fim-de-semana mais cedo que os restantes dias da semana, para ir jogar futebol, ao frio, às vezes, à chuva em troca de um beijo da madrinha, que assiste orgulhosa na bancada e de uma conversa, no fim, com o padrinho (que eu nunca soube o conteúdo porque, dizem eles, é coisa de homens), é que são os verdadeiros Reis da bola.  
Correm atrás da bola como nós, crescidos, devíamos correr atrás dos sonhos, dão o litro (e os joelhos) para a própria equipa fazer boa figura. Se fazem falta e chamam nomes ao árbitro é, muitas vezes, por incentivo dos paizinhos na bancada que querem que o filho seja um Cristiano Ronaldo mesmo tendo consciência que o puto é mais desastrado que eu (e olhem que é difícil) a jogar à bola. Ouvem um raspanete do treinador e no fim-de-semana seguinte vão com o mesmo sorriso e a mesma entrega suar a camisola (e nós, crescidos, se ouvimos o chefe dizer-nos "podias fazer melhor" ficamos logo arreliados e a dizer que não dá valor ao nosso trabalho).
Mesmo eu, que até nem incentivei a ida do puto para o futebol, reconheço que ele joga com um gosto e uma paixão que era impossível negar-lhe o desejo de ir "pro futebol". 
Portanto, puto deixa lá ver quanto é que calças que para (não) variar, este ano, a prenda são chuteiras!   
  

quarta-feira, 4 de abril de 2012

À Sombra II

"Digam-lhe que voei.
As cegonhas não chegam com a primavera? Pois eu fui embora - migrei. 
Volto quando por aqui encontrar a calma de outros tempos. 
Volto quando a lembrança dele já não me incomodar mais. Voltarei?
Volto quando conseguir acreditar nas pessoas.
Volto quando o "gosto de ti" for verdadeiro.
Volto quando o "não me chateies" acabar com beijos.
Volto quando o "não tenho tempo" acertar as contas com o relógio.
Volto quando tiver que voltar! Agora quero estar longe.
Dos olhares que mentem.
Dos silêncios falsos.
E das mãos que nos afastam sem uma única palavra. 

Voltarei talvez, quando for verão!"

BM

segunda-feira, 2 de abril de 2012

À flor da pele

"Não quero lembrar que a minha pele se ria ao teu toque. Toda a alegria com a iminência da tua chegada. Agora deixou-se de risos e repuxa ao toque de outro. Tentei tudo: os melhores cremes, marcas caras, aplicações de 5 em 5 minutos mas continua seca e desidratada! 
Sente-te a falta. 
Promete-lhe beijos, em passeios pelas ruas da cidade que não é minha nem tua.
Promete-lhe o toque.
Diz-lhe que também tu lhe sentes a falta."

BM