sexta-feira, 29 de junho de 2012

O primeiro dia

"A minha fasquia sempre foi alta. Se é para ir a jogo, jogo alto. Aposto alto. Demais, talvez. Mas é a minha medida.
Sempre foi. 
Sempre será. 
Por menos, não vou a jogo. Exijo e cobro, mas cubro e dou em dobro. Pago caro. Mas recuso-me a descer a fasquia. 
Sossega, porque não te culpo. Devia, eu sei.
Mas sou eu, a última a bater a porta. A última a abandonar o barco. A última a falar. A última a querer saber. A última a esquecer. A última a lembrar. Sempre a última. 
Fica comigo esta noite (a última). Mas sai a meio da noite. Não quero acordar contigo, mais uma manhã."
BM

quinta-feira, 28 de junho de 2012

S. Pedro, o favorito!

Todos os anos, neste dia, andávamos às voltas, na minúscula suite ou no minúsculo T2 - a ver se me faço entender, qualquer sítio era minúsculo com a nossa presença, a das nossas malas mas, sobretudo, a da nossa animação e alegria.
Por esta hora, discutíamos se jantaríamos fora, se iríamos para o fogão... Certo, certo era a bebida já ter começado a circular enquanto decidíamos qual o top, o casaco e as sapatilhas (sim, sapatilhas! porque a noite era longa e o mais provável era acabar na praia, entre os ralhetes das senhoras que começavam, aos primeiros raios de sol a colocar os toldos, nas estruturas de madeira, e nos viam enfiar-nos por lá dentro enquanto respondíamos que era "pra dormir só 5 minutinhos").
É que hoje é noitada de S. Pedro, meninas!
A juntar todas as histórias, todos os sorrisos, todos os copos, toda a música, toda a alegria, toda a exaustão que a memória destas noites me lembra, fica o nó na garganta de esta noite não estar aí, de esta noite não estarmos juntas, pior, de esta noite estar a 360Km de distância... Mas fecho os olhos e sinto a agitação dessas ruas, ouço as vossas gargalhadas, sinto esse cheiro a mar e o ar frio que corre sempre por esses lados.
Às que este ano lá estarão: divirtam-se por mim... e comigo! Quando forem brindar, num dos muitos da noite, mandem um abaixo por mim (não pode é ser de cerveja... vocês sabem que odeio!)
Se há sítios que podem falar da nossa amizade, Vila do Conde e Póvoa escreveriam livros, de episódios, quase todos, felizes. Hilariantes, até! 
Vila do Conde, a Póvoa e o S. Pedro nunca se hão-de esquecer de nós... Nem nós deles!