sexta-feira, 29 de junho de 2012

O primeiro dia

"A minha fasquia sempre foi alta. Se é para ir a jogo, jogo alto. Aposto alto. Demais, talvez. Mas é a minha medida.
Sempre foi. 
Sempre será. 
Por menos, não vou a jogo. Exijo e cobro, mas cubro e dou em dobro. Pago caro. Mas recuso-me a descer a fasquia. 
Sossega, porque não te culpo. Devia, eu sei.
Mas sou eu, a última a bater a porta. A última a abandonar o barco. A última a falar. A última a querer saber. A última a esquecer. A última a lembrar. Sempre a última. 
Fica comigo esta noite (a última). Mas sai a meio da noite. Não quero acordar contigo, mais uma manhã."
BM

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